quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sempre.

Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor.


Você pode não acreditar em Deus, mas ele acredita em você.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ingenuidade.

Um pouco quebrado. A sua ingenuidade. A culpa é sua.

Eu não consigo te ver, não posso te ver.
Tão ingênuo. 
Um coração doce, cheio de impurezas. 
Eles sujaram seu sorriso. Rasgaram todos os seus sonhos. Em teias de aranhas.
Algo que poderia ser tão belo... Toda vez que eu olho...
Tentei tocar, suavemente, mas você remendou, por baixo do seu cabelo.
Tremendo, apenas um pouco.
Ela ainda está atrás de mim.
Sua pele quase azul.
Repetindo, como se fosse quebrar. Por que vai quebrar.
Segure seu silencio. Ame-o novamente. Você ama.
Mentindo, para quem? Para mim ou para você?
Estava tudo tão bem, até semana passada. Você erra, mas não sabe concertar as coisas.
Tão ingênua.
Elas continuam caindo. De suas lembranças, que haviam sido trancadas.
A fé oscilando.
É tão difícil falar de você, sem compreender que somos o mesmo.






Estudando pra caralho. No time. Tanto tempo sem postar, estava com saudade disso!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Amor.

O amor é toda a eternidade que existe. Nem tempo ou memória pode apagar o coração de alguém. Somos todos feitos deste amor, que brilha um pouco em cada rosto. Estamos todos ligados por esta magia que nos motiva.
O amor não é só a coisa mais importante, como é a essência, de modo que o meu amor nunca será igual ao seu amor. Não importa o quanto os cientistas pesquisem, nenhum deles jamais poderá copiar minhas emoções em um laboratório.
Nenhum amor jamais substituirá o outro. Ninguém esquece de quem se ama. Mas amar não significa sofrer ou precisar, significa estimar. Se você é capaz de odiar quem disse que amava, então nunca amou verdadeiramente, da mesma forma que você jamais será indiferente a essa pessoa.
Nunca espere por apenas uma forma de amor, pois morrerá de desgosto se fizer isso.
Todos precisamos de amor, e para isso precisamos aprender a perdoar o próximo, e a nós mesmos. Todos precisamos de uma segunda chance. Se você não acredita em si, não acredita nos outros. Será apenas um buraco negro. Sinta e ame verdadeiramente, os machucados são apenas provas de que você está vivo. Se tudo fosse fácil, não valeria a pena.
Nosso corpo perece, mas ele é apenas um ponto de luz na imensidão da vida. Todos nascem e morrem, mas nunca se vão.


Para todos os meus amores (antigos e novos). Mas principalmente para você L.

sábado, 18 de setembro de 2010

Romance Eterno

Apodrecendo. Você quer fazer uma história... de amor?
Anda pela noite, não mede os passos. Cai, infinitamente... como naquela manhã.
Esquece, apaga, limpa tua boca, tão suja. Tantas mentiras, uma mariposa entre borboletas.
Dança comigo.
Rodopie, nesta magia superficial. Gira, segura minha cintura, o cheiro do novo nas lápides antigas.
Os planos selecionados, o acaso nos olhos. A mascara no chão de mogno.
Luzes foscas a nossa volta, esta voz fraca faz melodia. Não pode ver na sala abarrotada.
É sozinho. Sozinho. Sozinho, sozinho.
Engana com falsas lembranças. Esta tela não traz nada. Imagens borradas o sangue na boca, o beijo final, o ultimo grito, ultimo suspiro.
É tão tarde meu bem. Para que esperar por alguém? Estes olhos que querem mas nunca arriscam.
A esquina e a floresta, as flores e os prédios. Tuas lágrimas e teu reflexo. O par para ultima dança.
Estes casais são todos parecidos. Quem sobe os degraus e inclina na sacada... As penas brancas no travesseiro. O cabelo macio, a voz baixa, calculada.
Eu te amo...?
Entra na noite comigo, vaga por estes pesadelos que se tornam tão macios. Não desperdiça a escuridão. Voando pelo céu. As estrelas estouram como bolhas de sabão.
Queremos cruzar estes caminhos. Eu apenas não sei como chegar perto.
A respiração tão pesada, nas celas de porcelana. Boneca quebrada.
Teus sonhos caem como chuva, descendo em uma cidade pequena. A neve derrete, os hospitais se fecham, este manicômio é apenas teu.
Deveriam ter prestado atenção nas linhas enquanto subiam a escada. Pode fingir o quanto quiser, mas a noite eles sempre voltam.
Os retratos na parede, no sótão abandonado, limpa as lágrimas, queima as memórias. Eu incendiei a fotografia.
Corredores que se abrem, as portas cerradas, o isqueiro na mão. Vamos encontrar aquela brecha. Quando se cai tão rápido, as mentiras são boas.
Mas, afinal, quem vai estar até seu ultimo suspiro.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coisas que você deveria ter dito.

Para todos que gostariam de dizer algo, mas não conseguem, seja por falta de coragem, morte, perda de contato. Mande uma carta (pode ser anônima) com todas as coisas que você gostaria de ter dito.


PS: Eu sei que não tem nada a ver com o blog, mas eu achei muito interessante, e ajuda as pessoas a desabafarem, a dizerem algo que nunca tiveram oportunidade ou coragem... eu com certeza vou postar muuuuuitas cartas.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu não sei mais.

Cansei daqui.
Se alguém quiser meu novo blog, pode me pedir (ou seja espero e encontre). Lá vai ter o meu diário (sim, como todos os meus pensamentos obscuros.) e meus poemas.
Vou estar postando lá por enquanto. Quando eu quiser (se eu quiser) eu volto a postar aqui.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Skins.

Cassie: Sabe o que é pior do que coração partido? Não se lembrar como você se sentia antes. Tente manter esse sentimento... Porque se ele for embora, nunca volta.
Chris: O que acontece então?
Cassie: Você vira um peso morto para o mundo. E para tudo que há nele.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sofrimento.

Estou derretendo um pouco, cansada, deixando todas minhas inseguranças, eu nunca mais vou voltar.
Um pecado tão suave, enxugando lágrimas, segurando as mãos geladas. Só estou tentando ser franca.
Sonhos e sanidade, lua clara, com sorriso de criança. Eles mentiram uma vez, depois novamente, eu não gosto de ilusões, eu nunca consigo ver claramente.
Mas ainda tem todo o meu interior.
Ainda aqui comigo, a ultima coisa que existe é sentimento.
Acerte minha cara, ou rasgue minha garganta, alguém vai ter que perfurar meus olhos e despejar este veneno.
Apenas não parece certo. Não sentir mais.
Fugindo, perdendo todos os meus pedaços, é tão fácil, quanto quebrar vidro. Eu nunca sou capaz de encontrar aqueles cacos imperceptíveis de mim mesma. Para sempre incompleta.
Esta carcaça vazia e manchada, quem disse primeiro? Quem perdeu primeiro, eu ou meu reflexo?
Minhas memórias nunca chegam perto o bastante para machucar. Alguém notou que estamos mortos? Existe uma certa atitude nesta escuridão, que faz com que sejamos uma mentira.
Simplesmente se cansam, e se chocam , perfeitos dentro deste porta jóias. Eu sempre quis aprender o que significa ser real.
Encaixando, amor foi a única coisa que eu nunca...
Nesta cama.
Com honestidade, eu sou o tipo de vazio que atrai, o tipo de verdade nojenta que você ama.
Limitando os espaços, em, sangue, sangue, sangue. Amarela.
Nós estamos dormindo, olhando, ninguém realmente se importa, ou liga o suficiente, é para isso toda esta auto destruição.
Eu ficarei, apenas por uma reação.
Talvez eles apertem meu coração o suficiente para que espremam um pouco desta destruição para fora, com um pouco de sorte, eles me concertarão.
Dormindo, sem sonhos.
Tomara que te persigam na eternidade, enquanto sussurram. Quem está ouvindo isso... Eu te desejo todos os meus destroços, para preencher todo o vazio.
Quem tem mais sorte? Inesquecível.
Rindo, chorando, rindo, eu tentei. Mas parece pesado demais, então vamos contar umas mentiras, como aquela.
É bem melhor assim.
Vamos dançar sozinhos, para morrermos sozinhos, rodopiando nas cruzes negras em céus manchados, gritando de dor.
Eu deveria estar assustada, mas eu nunca sinto nada... eu juro que eu nunca quis um final tão trágico.


Para L. com quem eu tenho uma relação de amor e ódio.
Teamo, mesmo quando eu surto. A culpa não é sua.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Friedrich Nietzsche.



Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição.

Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós.

Em última análise, amam-se os nossos desejos, e não o objecto desses desejos.


A esperança é o derradeiro mal; é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento.

Torna-te quem tu és.

É preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante.

Todo tipo de absoluto indica patologia.


As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras.

Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar.

Nada neste mundo consome mais rapidamente um homem que a paixão do ressentimento.

O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira.


Os poetas são impudicos para com as suas vivências: exploram-nas.

Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.

Em certas pessoas, o alegrar-se com um elogio é apenas uma delicadeza do coração - e precisamente o contrário de uma vaidade do espírito.


Minha solidão não tem a ver com a presença ou ausência de pessoas… Não ouse roubar minha solidão, se não fores capaz de me fazer real companhia.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

R.I.P

Imperfeito, rondando, suavemente, todas estas promessas que se espatifam. Sentindo.
Respirando, enferrujando minhas articulações. Calmamente.
Vamos parar para observar os olhos.
Minha comemoração decadente. Rasgando as luvas negras, eu acredito que o amor é um pouco mais do que admitir.
Enquanto você caminha, em seu vácuo, sem chão. Caindo eternamente nas lembranças.
Diga adeus ao coração que bate, e a todo o cigarro que você fumou. Eu vou queimar sua respiração junto com estas fotos.
Enterrem minha esperança junto a ti.
No hospital, ou sentado na varanda. Toda vez que eu tentei falar com você. Espremendo até virar sangue. Não tem mais concerto.
Eu não quero sentir mais.
Ninguém mais pode ver estas lembranças. Eu apertei a sua mão, e depois ela apodreceu no chão.
Ainda estou vazia. Os sais das águas passadas queimam nos pensamentos de todos nós.
Sua voz aqui novamente, pecados suaves. Voe para longe das tragédias humanas.
Me deixe deitar junto a ti, e dizer todas as coisas que eu nunca disse. Eu sempre te invejei a partir daquele dia.
Esta doença nunca foi você. A ultima coisa que vejo é dor.
Acima das veias perfuradas, ou dos ossos quebrados. Definhando, deitado na cama, acordado a noite inteira esperando alguém que nunca vem.
Eu me detesto por ter respirado e você não.
Amarrada em laços, meu estomago dói. Até isso finalmente me rachar ao meio.
Flores, aquele carro e aquele descanso eterno em que acreditamos. Eles ficaram órfãos. Depois de todo o abuso cultivado, seu pulmão estourou. Não se preocupe mais.
Dê-me toda a sua dor, todos os teus remédios, e cure a alma de quem te ama. Ela não tem medo e logo se juntará a você.
Todos os corações que choraram, e todas as palavras que foram desperdiçadas. Perdoe-me por não ter dito isto antes.
Agora você não me ouve mais. Estou limitada pela vida deixada.
Ah eu estou tão cansada, deitada aqui, para sempre. Me mande um ultimo sinal. E se for minha ultima chance, eu jamais vou te deixar morrer.
Meus olhos contaram mentiras, mas você pode despejar minha sanidade novamente.
A canção da sua morte. Viver para sempre não tem a ver com imortalidade.


Dedicado ao meu avô.
1923-2009

Menina de Vidro.

Elas se multiplicam. Assombrando esta face pálida. São estes dias onde o ar é seco e a alma transborda.
As lágrimas não deixam ninguém a sós.
Não importa o que eles lhe disseram, vocês não estão sozinhos.
Vamos cuidar desta indiferença, juntos, sangrando por você. Eu te amo, você sempre se lembra de mim.
Eu não gosto do sabor da moralidade dos outros.
Isso fica bem aos olhos, se escondendo dentro de uma pulsação oca. Deitando nas camas, sem conseguir dormir.
Querida, não me deixe nunca mais. Há buracos onde meus sentimentos costumavam ficar.
Felicidade e paz não foram feitos para mim.
Em meu nada você significa tudo. Deformada por dentro, mate-me outra vez.
Tem espaço aqui dentro para duas.
Abismos emocionas, dilacerando meus pecados. Leve, como deve ser.
Veneno.
Pessoas acham que é tão fácil, enfiando os dedos na garganta, eu já estraguei minha vida, agora toda vez eu cuspo sangue.
Para sempre o perigo, quanta desordem. Deixo o vômito escorregar pela minha garganta, ignoro todos os avisos.
Está desgastado, uma mentira de olhos tristes, ela me protege dos pensamentos significativos.
O gosto amargo do silêncio, no seu estomago.
Algo sempre me trás de volta a você, Ana.

sábado, 28 de agosto de 2010

Machismo.


Alegriiia!

Max Green e Lexus Amanda = OVER. <3


Nada a ver com o blog, mas eu tinha que anunciar isso ao mundo *o* !! De qualquer forma ela era FEIA DE MAIS PRA ELE u.u'

Apático.

O tempo avança rapidamente, em espiral nas minhas reflexões. Esta janela empoeirada, e a cama bagunçada, todas as minhas coisas jogadas no chão. Dois passos a mais, onde se deita todo o pecado.
A corrupção nos meus olhos. O meu sorriso. Quem disse isso mesmo? O branco, da paz que eu nunca tive.
Acho que se lembram de todas as coisas que eu já disse. Detalhes insignificantes. Mas esqueceram a coisa mais importante. Jogando bombas no meu cérebro.
Dois comprimidos, três talvez. Quem está contando o placar?
Eu achei que seria bem fácil. Mas queimaram todas as minhas idéias, arrancaram minha alma pela garganta. As noites de insônia percorrendo o eterno.
Vivendo nessa chuva de óleo, dançando por cima de cadáveres, o que é justiça? O que é certo nessa merda?
Está sempre dentro dos gemidos abafados. A única coisa que se ganha são carcaças esquecidas dentro do armário.
Disputas absurdas, neste bar congelado. Eu disse que não me importava. Mas essa raiva nem tem mais sentido para mim. De todas as coisas que eu anunciei, que eu planejei na minha cabeça confusa.
Sempre deixando coisas inacabadas, bem isso está mais do que claro para mim. Então para que protelar a dor?
Me enfurecendo, é tão divertido. O modo como aperto meus dentes nos meus lábios.
Os anos se empilham em almas esquecidas, é muito fatal. Vou fugir de todos, mas não vou conseguir fugir de mim. Daqui em diante. Eu espero o amadurecimento das idéias, para o dia em que ganharei o céu e as estrelas.
Colocando em palavras parece fácil. Mas todos os meus sonhos se transformam em pó. Em dois segundos, sufocando, eu sei que vai acabar.
Esculpidos no meu coração, é mais fácil se fixar em qualquer coisa do que olhar em volta.
O coração insatisfeito pulsa. Apenas não falo mais nada.
Ainda não. Talvez nunca. Talvez seja apenas um pouco irrelevante. Do que adiantaria de qualquer forma?
Sem dúvida isso é uma vida preciosa.
Quanta ironia desenhada no meu caderno.
A repetição de encontros e desencontros, colocados dentro destas palavras, eu me perco, eu me acho, que vergonhoso.
Eles se estrangulam, obrigando você a descrever o tempo. Sem bondade as flores murcharam e morreram.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Perfeição.

Olhos, o pigmento azul. Sorriso infantil.
Arregalando os olhos. Eu amo sua cara de surpresa.
Esta melodia salvou a minha vida.
Agitando as mãos, rindo, você é inefável.


Max Green.

x3 <3

Para sempre.

Me dê um sono eterno. Abrace-me fortemente como seu eu fosse quebrar.
Essa voz que sinto saudades. Ecoando de um sonho esquecido.
Distante de mais. De mim mesma.
Pode ser dentro deste abismo.
É uma bela atuação, mas aposto que sente mais do que diz.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nostalgia.

A maneira como eu falava se foi, e a minha voz agora desvanecida é mais importante do que a consciência que pesa. Eu imagino se poderei encontrar você algum dia.
Quando eu olho para a lua, vejo que você sempre teve um olhar desesperado, mesmo quando está sorrindo.
Meu coração explode de riso, deixando o sangue escorrer. Eu venho sangrando para que não seja culpa sua, para compensar tudo que eu fiz a você. Você sabe qual é o preço do sangue?
O dia de chuva do ano passado. As palavras que eram difíceis de se trocar. Eu lembro delas, elas se quebram e derretem nas minhas mãos.
A primavera que virá, e todas as suas cores irão desaparecer para mim. Agora eu mal posso ver com todas estas lágrimas. Quando olho para o céu, a ultima gota escorre pelos meus dedos.

Poesia antiga, mas tá valendo.
Dedicada ao Chris.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Apostas.

Cigarros, vícios, navalha, atrás do pescoço.
Anti-depressivos. Isso é um progresso?
Estes olhos, me fazem querer morrer.
Fugindo, na ponta do cigarro. Eu vou tragar estes suspiros.
Mentindo, arranhando os braços. Roubando estas lágrimas.
Eu estou desconcertada. Então eu faço tudo errado.
Quem eu estou tentando enganar.
Sem cortes, retalhos, juntos, costurados. Eu voltei para jogar o sangue na minha saliva.

Ponta.

Eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar, eu não vou me matar HOJE.

sábado, 14 de agosto de 2010

Longe.

Nada de protelar. Frágil, cintilando, no chão do banheiro ou na calçada?
Garrafas jogadas, cacos que cortam os pulsos de quem não presta atenção por onde anda.
Tudo que há nas pessoas. Crueldade, não é tão inoportuno, ou tão patético?
Machucar por machucar, é tão ridículo.
Era uma menina, ou um menino?
Eu só olhei por dois segundos quando apontaram do outro lado da rua.
Desprendendo de algo que nem ao menos existe.
Boa sorte. Adeus.
Este é o ultimo aqui.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Masoquismo emocional.

Machuque-me para recobrar todas as memórias. Exponha meu coração desgastado, penetra a solidão no meu peito, me joga para o abismo onde a luz não alcança. Sinta o prazer em ver minha face sozinha na escuridão. Necessito me sentir ignorada, usada, morta nos teus braços. Desejo menos noites de sono, mais tortura, minhas lágrimas irão penetrar no solo seco. Faça-me odiar este coração dilacerado, onde o sangue corre livre. Arrebenta minha alma, escarra em minhas lágrimas, estas asas abertas e machucadas. Eu dependo do seu sadismo, minhas palavras belas são fruto deste triste masoquismo. Eu jamais escreveria se me sentisse amada.

Sala de aula.

O sinal toca novamente. Enterrada na areia movediça, nesta existência que parece tão trivial agora.
Será que ninguém percebeu que eu não estou respirando?
Não coloquem estas mãos em mim, não tentem me concertar, eu não estou quebrada.
Posso me esconder, então eu não vou chorar.
Vou me deitar em uma felicidade cheia de silêncios.
Pessoas, amarradas com os punhos cerrados. Todos os dedos apontando. Quando foi que rasgaram minha força?
Segurando um caderno cheio de sangue.
Tudo o que restou de ontem. Eu ainda estou presa aqui.

Vê minha alma?

Propagações perfeitas das sombras nos meus olhos. Negro, eu estou tão aliviada.
Quero esconder minha alma disforme. Estas marcas escuras dentro da minha boca.
Belas manchas formadas. Eu quero me lavar. Me deixem entrar na água. Isso foi só um terrível pesadelo.
Eu perdi algo, e nenhuma mancha vai cobrir esta falta. Era algo fragmentado.
Cor da vida, eu só quero retornar aos céus claros.
Eu nunca mais vou tentar substituir você.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Jardim secreto.

Eu tenho lembranças, desenhadas no caderno que queimei. As barras congeladas, vermelhas, brancas, amarelas, todas tem a cor do céu em algum momento.
Esta terra em escombros, enquanto as crianças não vem.
Eu esperei alguma palavra, qualquer sinal vital, no silêncio entre nós dois. Eu corri por entre as árvores, aquele lugar abandonado. Todas as flores, por que alguém se daria o trabalho de colhê-las? Seriam todas minhas ilusões?
Seus pensamentos, são exatamente o que eu mais temia, eu me decepciono tão facilmente. Agora jamais seremos verdadeiros.
Alguém irá sorrir quando eu mostrar meu ramalhete de flores. Algum dia.
Todos os dentes de leão, nasceram para alguém os desprezar. Eu não irei pisar neles. Existe algo tão incrível nisso. Ninguém enxerga minhas trevas.
Durmam no solo abandonado, esperando pela primavera. Muitas flores ainda nascerão para serem abandonadas. Não vocês.
Frias e dançantes, gangorras onde eu me sentei. Assoprando meus desejos. Novamente sem quebrar.
Eu não compreendi, será que eu nunca notei isso? O relógio parou naquele dia.
O que resta no final, seria apenas frágil. Não tenho palavras melhores. Acredite em mim.
Não vamos chamar a esperança, ela jamais floresceria a tempo. Não diga nada do que não entende.
Fique quieto. Eu jogaria alto, eu sofreria por algo, se a dor fosse sentida mais rapidamente.
Cores desaparecem, o céu se apaga, radiante ofusca. O azul parece estar preso na tela que eu desenhei você.
Eu olho para o que não pode ver. Certamente acabou.




Me desculpe Paulo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Eu te amo.

Arranhei meu rosto, seguindo o curso dos meus versos. Este ritmo impermeável.
Maldição vaga. São apenas repetições dos mesmos dias. Desculpe-me por não ser sua queridinha.
Mesmo que o fluxo de sangue seque, eu não vou esquecer. Meu sorriso estará estampado quando você achar meu corpo.
Isso é incrível por ser um amor tão comum e imutável, mas eu não gosto de soletrar esta palavra. Eu deixarei tudo aqui. Haverá um tempo em que você se lembrará dela.
Vou realizar seu sonho, papai.

sábado, 7 de agosto de 2010

Alma em coma.

Eu tenho esquecido de tudo, calma e leve, debaixo do emaranhado dos meus pesadelos.
Eu me odeio em uma noite como essa.
Quanto tempo eu tenho perdido nisso? Corando levemente com olhares, me escondendo no escuro. Eu amaria estar em outro lugar, jogar com outras regras. Sussurrem e me deixem sozinha novamente.
Isso chega a algum final, pesadamente, caindo e respirando, eu sei que vou desabar em prantos novamente.
Esta dor é tão real, respirando por mim.
De alguma forma, eu tenho compreendido isso, mas eu não quero conhecer isto. Verdade incerta.
Chega até mim, andando de mãos dadas, eu estou esperando alguém chegar.
Durma bem esta noite em sonhos confusos.
Eu me detesto por estar respirando.
Esta é a ultima contagem, caindo suavemente em pó. Observando casualmente, tentando encontrar palavras que apenas me machucam.
Mas eu sei que jamais me deixaram ir. A morte é boa, mas e quanto aos outros?
Eu preciso disso para sobreviver, então me digam. Me deram tudo, menos um motivo para viver.
Piscando, roubando todos os sorrisos e fazendo-os meus. O que eu sou? A tanto eu já me perdi.
O dia começa com um sentido distorcido. Nunca amanhece aqui?
Tão longe da verdade.
Eu sou um nada para todos eles, tão boba e errante, tão frágil tentando controlar estes impulsos. Descontrolada caindo pelos cantos.
Eu queria ser como vocês, caindo no chão frio, me deixando a sós comigo mesma.
Eu queria ser como você, vivendo em um nada tão cruel, tão fácil de lidar com tantos sonhos tolos e tantos prazeres mundanos.
Mas só isso e eu já te conheço? Rosto distorcido.
Afirmem que isso é um pesadelo, apenas vá embora, antes que eu caia no sono. Eles todos me disseram, eu deveria acabar com isso. Todas estas vozes que não me deixam dormir.
Eu estou tão cansada. Cortes debaixo dos olhos. Mãos tremendo gentilmente.
Induzido, meu coração tem começado a parar.
Meu pensamento, correndo livre entre meus cobertores, correndo livre no asfalto e nas mesas enfileiradas.
Eu necessito saber mais sobre isto.
Deveria esquecer, pois se eu não acredito, jamais existirá. Nos meus sonhos, podemos?
Faz tanto tempo que eu não sei o que é sorrir.
Abro os olhos e é o inferno que eu vejo novamente, eu pertenço.
Protegendo de tudo. Faíscas cinzas caindo pelos meus olhos. Todos os murmúrios do meu coração.
Finalmente eu sei, eu tenho que ver tudo morrer.
Que as noites que eu possa ser ferida se passem. Todas as datas, eu tenho marcadas no meu caderno. Apenas não hoje.
É doloroso, doente no sol, morrendo por algo tão passageiro. Novamente me deixando, como você sabe? Eu nunca disse.
Todo mundo pode ser esquecido com um sorriso. Despencando, distorcendo a palavra “felicidade”.
Saiba, nós todos nascemos sós.
Eu não posso gritar mais.
Correndo por um futuro, apenas cegos. Sentados no banco do shopping, sonhos muito mais brilhantes.
Derrame o vazio. Eu ainda estou dentro de todos eles.
Olhos vagos, quebrando sem sentir ao menos uma lágrima.
Deixarei tudo isso em ruínas.

Navalha.

Sangue. Alma. Corroa, rasga, grita.
Entre os dedos, no banheiro, têmporas e pulsos.
Imperceptíveis.
Não conte a ninguém, é socialmente inaceitável que eu expresse minha dor.

Plástico.

Os dias que passam são sonhos secos, cobertos deste doce lampejo que vejo passar diante dos meus olhos.
Dor e agonia, quebra meus ossos, quebra minha alma. Doces palavras em doces desejos.
Não diga que me ama.
Sou uma falsa moralista, tão corrupta, como desejo, acontece.
Enquanto não tiver nenhuma palavra de paixão venha até mim. Desculpe por ser tão insensível.
Não, ninguém me fará viver para sempre. Algo que jamais mudará, mesmo mergulhado nas tuas estrelas, um brilho eterno.
Mesmo assim, permaneça vivo.
Quanto mais perto estou da destruição, mais longe está seu rosto.
Eu sou tão fria e plástica, com olhos feito vidro, boneca vazia por dentro, um beijo doce irritante.
Eu estou morrendo rodeada de palavras colorindo o céu. Quantas noites eu terei para viver?
Mesmo machucada, triste, eu me reergo, eu serei mais forte do que a vida. Eu prefiro a morte. Isso é uma promessa.
Eu me odeio de mais, desculpe por ser tão emocionalmente masoquista.
Eu costumava pensar que com um sorriso, qualquer coisa poderia ser salva. Por que neste quarto vazio, minhas lágrimas não jorram mais. Nem tristeza, nem felicidade.
É meu nada que corrompe tuas veias. Meu vazio é tão cativante.
Escorregue para dentro, preenchendo o buraco negro, eu quero ver você tentar, como todos os outros, para afundar dentro do meu ser. Nada muda, nunca.
Por que meu corpo treme?
Por que meus olhos não focam?
Eu repito suavemente as palavras murmuradas, lentamente, meu sorriso desparece.
Tudo bem se eu amar você, nesta noite trêmula?
Seu rosto se torna nebuloso.
Ecoando, gotas de chuva caindo como agulhas, sentados no parque. Noite de outono. Não vamos esquecer este instante.


P.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Madrugadas.

Maquiagem borrada, a mente que suja, uma cena tão tranqüila, vomitando nos arbustos.
“Ahn, mais rápido”, a dois com você, dando risada na silenciosa noite.
Neon.
Meu berro ecoa, eu abraço todos os pecados imperdoáveis. Isso alcança agora?
Meu coração, a musica, a voz, sua boca, eu nem sei seu nome.
Um ao outro, até ficar maluca. Destrua mais.
Eles estão sempre mudando, então quantas memórias e rostos, eu posso guardar?
E agora, eu estou fitando meu olhar, sem mudar nada.
Se eu fechar os olhos, eu quero segurar meu corpo desaparecendo.
Dançando na brisa, estou me envolvendo na luz.
Sem sequer compreender o significado das lágrimas, eu não vou derramar mais, a fim de lavar para fora todo o meu pesar.
Em alta velocidade, sinalizando, brilhando com a corrente cintilante. Agora é a hora do jogo, você tem as mãos no meu peito.
Eu tenho isso bordado no meu rosto.
Tremendo a luz é apagada. Triste alma, dolorosos sonhos, me mate de tanto prazer.
Se for, não me acorde mais.
A mente percebe, as roupas são jogadas.
Mate as estrelas, todo esse liquido descendo pela garganta, queimaduras de cigarros e amores rápidos.
Beba mais um pouco para se sentir bem.
Isso parece certo, bebidas baratas, tome mais um pouco para se sentir bem.
Gema, meu bem, grite, goze.
Eu não necessito de outras palavras, eu posso ver um outro mundo nessa camizinha usada.