sábado, 28 de agosto de 2010

Apático.

O tempo avança rapidamente, em espiral nas minhas reflexões. Esta janela empoeirada, e a cama bagunçada, todas as minhas coisas jogadas no chão. Dois passos a mais, onde se deita todo o pecado.
A corrupção nos meus olhos. O meu sorriso. Quem disse isso mesmo? O branco, da paz que eu nunca tive.
Acho que se lembram de todas as coisas que eu já disse. Detalhes insignificantes. Mas esqueceram a coisa mais importante. Jogando bombas no meu cérebro.
Dois comprimidos, três talvez. Quem está contando o placar?
Eu achei que seria bem fácil. Mas queimaram todas as minhas idéias, arrancaram minha alma pela garganta. As noites de insônia percorrendo o eterno.
Vivendo nessa chuva de óleo, dançando por cima de cadáveres, o que é justiça? O que é certo nessa merda?
Está sempre dentro dos gemidos abafados. A única coisa que se ganha são carcaças esquecidas dentro do armário.
Disputas absurdas, neste bar congelado. Eu disse que não me importava. Mas essa raiva nem tem mais sentido para mim. De todas as coisas que eu anunciei, que eu planejei na minha cabeça confusa.
Sempre deixando coisas inacabadas, bem isso está mais do que claro para mim. Então para que protelar a dor?
Me enfurecendo, é tão divertido. O modo como aperto meus dentes nos meus lábios.
Os anos se empilham em almas esquecidas, é muito fatal. Vou fugir de todos, mas não vou conseguir fugir de mim. Daqui em diante. Eu espero o amadurecimento das idéias, para o dia em que ganharei o céu e as estrelas.
Colocando em palavras parece fácil. Mas todos os meus sonhos se transformam em pó. Em dois segundos, sufocando, eu sei que vai acabar.
Esculpidos no meu coração, é mais fácil se fixar em qualquer coisa do que olhar em volta.
O coração insatisfeito pulsa. Apenas não falo mais nada.
Ainda não. Talvez nunca. Talvez seja apenas um pouco irrelevante. Do que adiantaria de qualquer forma?
Sem dúvida isso é uma vida preciosa.
Quanta ironia desenhada no meu caderno.
A repetição de encontros e desencontros, colocados dentro destas palavras, eu me perco, eu me acho, que vergonhoso.
Eles se estrangulam, obrigando você a descrever o tempo. Sem bondade as flores murcharam e morreram.

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