quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sala de aula.

O sinal toca novamente. Enterrada na areia movediça, nesta existência que parece tão trivial agora.
Será que ninguém percebeu que eu não estou respirando?
Não coloquem estas mãos em mim, não tentem me concertar, eu não estou quebrada.
Posso me esconder, então eu não vou chorar.
Vou me deitar em uma felicidade cheia de silêncios.
Pessoas, amarradas com os punhos cerrados. Todos os dedos apontando. Quando foi que rasgaram minha força?
Segurando um caderno cheio de sangue.
Tudo o que restou de ontem. Eu ainda estou presa aqui.

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