sábado, 7 de agosto de 2010

Alma em coma.

Eu tenho esquecido de tudo, calma e leve, debaixo do emaranhado dos meus pesadelos.
Eu me odeio em uma noite como essa.
Quanto tempo eu tenho perdido nisso? Corando levemente com olhares, me escondendo no escuro. Eu amaria estar em outro lugar, jogar com outras regras. Sussurrem e me deixem sozinha novamente.
Isso chega a algum final, pesadamente, caindo e respirando, eu sei que vou desabar em prantos novamente.
Esta dor é tão real, respirando por mim.
De alguma forma, eu tenho compreendido isso, mas eu não quero conhecer isto. Verdade incerta.
Chega até mim, andando de mãos dadas, eu estou esperando alguém chegar.
Durma bem esta noite em sonhos confusos.
Eu me detesto por estar respirando.
Esta é a ultima contagem, caindo suavemente em pó. Observando casualmente, tentando encontrar palavras que apenas me machucam.
Mas eu sei que jamais me deixaram ir. A morte é boa, mas e quanto aos outros?
Eu preciso disso para sobreviver, então me digam. Me deram tudo, menos um motivo para viver.
Piscando, roubando todos os sorrisos e fazendo-os meus. O que eu sou? A tanto eu já me perdi.
O dia começa com um sentido distorcido. Nunca amanhece aqui?
Tão longe da verdade.
Eu sou um nada para todos eles, tão boba e errante, tão frágil tentando controlar estes impulsos. Descontrolada caindo pelos cantos.
Eu queria ser como vocês, caindo no chão frio, me deixando a sós comigo mesma.
Eu queria ser como você, vivendo em um nada tão cruel, tão fácil de lidar com tantos sonhos tolos e tantos prazeres mundanos.
Mas só isso e eu já te conheço? Rosto distorcido.
Afirmem que isso é um pesadelo, apenas vá embora, antes que eu caia no sono. Eles todos me disseram, eu deveria acabar com isso. Todas estas vozes que não me deixam dormir.
Eu estou tão cansada. Cortes debaixo dos olhos. Mãos tremendo gentilmente.
Induzido, meu coração tem começado a parar.
Meu pensamento, correndo livre entre meus cobertores, correndo livre no asfalto e nas mesas enfileiradas.
Eu necessito saber mais sobre isto.
Deveria esquecer, pois se eu não acredito, jamais existirá. Nos meus sonhos, podemos?
Faz tanto tempo que eu não sei o que é sorrir.
Abro os olhos e é o inferno que eu vejo novamente, eu pertenço.
Protegendo de tudo. Faíscas cinzas caindo pelos meus olhos. Todos os murmúrios do meu coração.
Finalmente eu sei, eu tenho que ver tudo morrer.
Que as noites que eu possa ser ferida se passem. Todas as datas, eu tenho marcadas no meu caderno. Apenas não hoje.
É doloroso, doente no sol, morrendo por algo tão passageiro. Novamente me deixando, como você sabe? Eu nunca disse.
Todo mundo pode ser esquecido com um sorriso. Despencando, distorcendo a palavra “felicidade”.
Saiba, nós todos nascemos sós.
Eu não posso gritar mais.
Correndo por um futuro, apenas cegos. Sentados no banco do shopping, sonhos muito mais brilhantes.
Derrame o vazio. Eu ainda estou dentro de todos eles.
Olhos vagos, quebrando sem sentir ao menos uma lágrima.
Deixarei tudo isso em ruínas.

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