quinta-feira, 29 de julho de 2010

Adivinhe.

Confusão...
Solidão, rasgando, engasgado.
Trevas.
Memórias.
Nada pode existir aqui.
O que é isso?
É o seu, olhar frio?
Rasga teu silêncio.
O coração não pode ser negro.
Agora mesmo, pode se levantar para o outro lado desta tristeza.
Ninguém nunca se importou, verdadeiramente.
Dói.
Sozinho, tremendo.
Sim, doçura, sim, docemente.
Eu quero colorir teus dias.
Ninguém pode viver só.
Suas máscaras não me fazem companhia.
Acredite...
Neste mundo, eu vi muita dor surgir.
Amor não é algo fácil de fazer.
Junta covardia e fúria.
Amor é ódio.
Orgulho.
Para que eu estou fazendo isso...?
Eu rezo para que seu novo dia chegue depressa.
Em tuas memórias, quem debilmente vê.
Estes sentimentos continuam colorindo o céu.

Milagre.

O milagre é imensurável.
Eu sei que tenho medo de andar entre essa liberdade ilimitada.
Derrepente eu sinto o tamanho dos dias, e as palavras parecem pequenas entre as minhas mãos e o vento. Mas realmente não importa todas as coisas que saem da minha boca, uma vez que o amanhã ainda não tem cores.
Eu olharei para frente e deixarei o tempo correr, quebrando estas correntes, olhando meu reflexo nas lágrimas que ficaram no chão.
Vai doer quando eu pisar dentro do lugar intocável, e as lágrimas irão cair, mas eu continuarei a seguir em frente.
Este sorriso irá se esticar pelo céu azul, e um novo mundo começa, eu serei sempre verdadeira.
Dentro do sonho eu rasgarei esta escuridão e irei para as estrelas, onde encontrarei meus desejos, e verei meu reflexo dentro deles. Eu agarrarei o milagre de ter encontrado uma resposta, e seguirei em frente.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sozinha.

Aposto que você está bem.
Eu facilito tanto para você,
Entrar e sair assim da minha vida?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Corredor.

Vidro. Vazio.
Olhos.
Não sinto nada.
Sugando tudo.
Boca entreaberta.
Tudo é escuro.
Preto, preto, preto.
Você tem razão.
Eu me deprimo tão facilmente.
Desculpe.

sábado, 24 de julho de 2010

Sangue.

Olhando o azul, tingindo tudo de branco.
Pequenas gotas de chuva, caindo entre meus olhos. De um lado para o outro, o vento suspira. Levando as estações, sem motivos, eu derrubei uma lágrima.
Não há nada que me toque, com estes braços abertos, olhando para o infinito.
Vida. Estrada rachada, vítima.
Minha dor é carregada por estes olhos. Tudo por que não consigo retornar.
A consciência é levada de mim, presa em brumas. Se este desejo pode ser realizado antes que eu morra.
Promessa gravada em sangue.
Não esqueça do calor dos abraços.
Quero cair em um sono profundo, antes de poder esquecer esta voz. Que ouvi a ultima vez.
Eu troquei beijos frios.
Todos os meus pensamentos são?
Todos estes sentimentos são?
Suspensa por uma luz.
Eu continuei a olhar o céu. Afundei em um mar carmesim.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sopro de liberdade.

Ninguém pode parar suas lágrimas, derramando tão miseravelmente em suas palmas. Sua alma derretendo deste estupor. A questão e conclusão. Pendurado nesta mente que não entende, você abriu os olhos e repetiu coisas insensatas, enquanto é enganado por cores invisíveis, estendendo suas mãos.
Desgostoso por estas paixões ardentes, fetiches e religiões. Volte a forma humana mais uma vez. Tanto egocentrismo dentro de algo que nem existe.
O tremor que rouba esta luz não é perdoado, estará sempre por cima de seus ombros. Continue murmurando para este corpo apodrecido no espelho. A verdade sempre machuca mais do que uma mentira bem contada.
Aquele olhar gentil da menina ingênua, tão pequena que se quebra em pequenos pedaços, entrando em tuas
veias, vendo corroer todo o seu coração. Não confie nela.

Somente olhando o inalterável tempo.
Dentro de si existe algo que não está traçado, onde os sentimentos nascem independentes desta vontade. Tudo floresce no seu rosto sincero.
Você ainda acha que precisa, você ainda acha que quer.
Presos dentro de um mundo de plástico, nós ficamos somente a admirar o céu. Eu quero sentir o vento no meu rosto. Algum dia você será de verdade.
Não há receios, chega mais perto. Durma tranquilamente aqui.
O vivo emocionante daquele passado distante continua refletindo no seus olhos, o que agora você não deseja mais ver.
Por um punhado de memórias e sonhos e o descolorido da minha voz, você pode entender.
Você diz que é para me proteger, mais do que qualquer coisa neste mundo. Eu fico trêmula olhando para as paredes infinitas.
Muito logo eu desaparecerei, mesmo assim você não quer me deixar ir. Aqueles dias em que você me segurou até a beira do abismo. Eu jamais esquecerei.
Sem alcançar ninguém, seu balão desapareceu dentro de um maremoto. A inocência vai se dissipando, o que acontece com os sonhos? Era lindo, mas ninguém notou. Por que as pessoas nunca percebem o que está diante de seus olhos? Eu sei que seu amor está oscilando.
Nada irá mudar seu mundo hoje.


Para Victor: Além do inefável. Te amo.

Pó de estrelas.

Sobre as nuvens que passam, o branco oscila.
O céu se espalha neste vão, a quantidade de corações perdidos, não tem como capturá-los.
Mentalizei várias vezes este sentimento, é só encontrar um resto de luz nesta escuridão.
Eu estava segurando uma flecha que desaparecia das mãos.
O tempo vai se pondo, profundamente.
Olhando um para o outro, se aproximando, muito além deste turbilhão de erros.
Somos todos sonhadores.
Bem ao alcance destes olhos, vamos dar as mãos.
Abraçando esta solidão no fundo destes modos frios. Não adianta se zangar se não conseguir da primeira vez. A dor nem sempre desaparece.
Não tenho mais nada a fazer além de pronunciar estas palavras de gratidão. Nada para mudar sobre meus pensamentos, e você... Tão profundamente, agora eu também.
Isso, eu estou sentindo.
Estava contando as lágrimas voando no céu estrelado. Várias vezes apenas olhando para a noite.
Lembro de quando demos o primeiro beijo.
Não esquecerei do sorriso que tinha aquele dia.
Agora não precisa mais nascer o sol.

P.

(Cupido.)

Sonho.

Sentimentos de um amor platônico.
Prefiro nunca encontrar. Eu procuro por ti.
Não pode ser achado, não pode ser descoberto.
Mesmo sabendo que estou voltando sozinha, eu estou um pouco mais feliz.

Espelho.

É uma conspiração. Existe apenas um milagre aqui.
Tristeza profunda, cheia de ramos.
Tudo que eu costumava sentir, se torna tão real.
O respirar já extingue, desmoronando em pétalas arrancadas.
Olhando para estes túmulos, e todo o abuso que eles passaram, eu olho para mim mesma. Eu compreendo.
Meus olhos desenharam um futuro, abrindo azas corroídas. Eu ainda vejo o céu chorando.
Eu não sinto nada.
Nesta escuridão, onde tudo é impuro, suba alto.
Minta tão belamente, encapado pelo prazer, luxúria e insegurança.
É tão vazio, ninguém nunca acreditou mesmo.
O que aconteceram com meus olhos?
Nos confins do inferno, eu procuro um lugar para morrer.
Nossos corpos pútridos jogados no assoalho.
Você vai dizer que tinha uma arma na minha cabeça.
Por que tudo que eu gostaria de sentir virou pólvora, queimando com incontáveis segundos de existência limitada.
O infinito nunca pareceu tão curto, tão longo.
Eu posso vir desfeita.
Tanto quanto eu tento esconder minhas feridas, eu vou arranhando um pouco. Manchando tudo de rubro. Pelo meu amor é para sempre.
Abusivamente.
É melhor fazer agora, ou nunca.
Eu não conseguirei fazer isto para sempre. Sempre, sempre, sempre, sempre e sempre.
isso te lembra alguma coisa?
Gritei de novo no céu noturno, para me alcançar.
Flor de neve. Pó de coração.
Eu continuarei a andar sobre estes cadáveres, até que eu venha falecer.
Apenas o murmúrio do réquiem me impediu de lhe ferir.
Me afogo em prazeres frios, nestes braços.
O vento distante, transbordando algum sentimento, eu continuo clamando por alguma coisa. Ninguém pode me culpar mais.
Não consigo dizer estas palavras.
Continuo rezando, oscilando, tremendo, enquanto olho as árvores se inclinarem.
Consegue entender?
As últimas palavras que você me deu, até agora, continue lamentando aqui. Tendo decidido não afligir estas lágrimas, eu apaguei tudo.
Erguendo os olhos, o céu parece tão tranqüilo, adeus para sempre. Não é preciso mais chorar.

Abstrato.

Não ligo.
Não sinto.
Não amo.
Não odeio.
Mentiras.
Eu adoro.
Eu quero.
Eu faço.
Minha sorte.
Meu destino.

domingo, 18 de julho de 2010

Cor.

Eu vi você me olhando, do modo que só você consegue fazer, e então virou seu rosto, dolorosamente marcado pelo tempo.
Eu achei que fosse natural, desaparecer em uma rua movimentada. A tristeza que reflete em meus olhos, não me permite ouvir. Estou cansada de me esconder.
Girando e girando, agora eu sei.
Eu simplesmente não consigo admitir que isso é você. Dói demais.
Talvez as lágrimas sejam mais numerosas do que estes sorrisos concretos. Mas não há mais nada que eu possa fazer.
Meu corpo não consegue suportar estas emoções, tão brilhante, parece que vai quebrar.
Esvaecer. Matar.
Sentimentos jamais alcançados, são apenas suspiros.
Miseráveis, acariciando o vento.
Poderíamos estar correndo as cegas até hoje.
Eu te encarei silenciosamente, e você não olhou de volta. Não na primeira vez.
Sempre, dês de que isso foi feito, você derramou algumas lágrimas, eu também. Mas não precisa mais se preocupar.
Você me assistiu andar ao lado de alguém que você conhece, acho que cresci um pouco. Gostaria que você tivesse crescido também.
Seu sorriso continua adorável. Você nunca mais vai chorar, nunca mais.
Me mostre seu sorriso.

sábado, 17 de julho de 2010

Mentiras.


Não consigo mais escrever.
Vermelho, desta vez é azul.
Eu vendi minha alma, nunca mais vou mentir nas minhas palavras.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estrelas


Parece que nunca vamos deixar passar, por que eu disse o que eu queria, e você pareceu aceitar as condições, eu disse que não desistiria.



E se você quiser que eu te mostre, eu vou te mostrar como eu acho que é linda essa vida, vou te introduzir as cores dos meus pensamentos, as coisas que eu considero engraçadas, as coisas que eu considero importantes. Vou te mostrar meu novo mundo, e se você quiser, eu te mostro como fugir daqui.


Eu coloco um sorriso, e debaixo das estrelas, estaremos sempre lá, para brilhar.


Continue, por que eu não vou deixar nada abalar, por que se eu for embora, eu vou voltar nas lembranças para te buscar.


Parece que as coisas só estão melhorando, e se tudo der certo, não vamos mais, não mais.


Se eu for, se nós formos.


P.

DSC.

Minhas esperanças são tão altas que o seu beijo pode me matar, então por que você não me mata, para que eu morra feliz?
Meu coração é seu para completar ou explodir, para quebrar ou esconder, ou use-o como uma jóia, conforme você preferir.

P.

Às vezes cometemos erros, que nos inflamam para o resto da vida. Talvez, eu seja um conjunto de erros, ou um conjunto de detalhes, um conjunto de mistérios mal resolvidos. Eu não vou me presentear com rosas, muito menos tomar champanhe em uma taça com um diamante. Eu não sou especial o suficiente.

Eu faço meus planos e vou resolvendo eles eventualmente. Algum tempo atrás, eu pensei que tinha uma solução. Mas o problema sou eu.
Eu teria que quebrar minhas palavras, para encontrar algum significado melhor. Eu não sou poeta, eu não sou amante, eu não sou mais do que um grão de areia no meio desse mundo frio. As lagrimas derramadas farão parte das linhas que eu escrevi com minhas palavras caladas. No meu silêncio você não vai compreender minhas tristezas, nas minhas risadas, você vai achar meu sofrimento. São poucos que vêem uma alma quebrada por traz de tudo o que acontece. Eu prefiro ficar com meus amores distantes, e confiar nos meus sonhos. Eu não conto a verdade sempre, mas você sabe da minha vida. Entende as minhas palavras. Em algum tempo atrás, eu pensei que tinha certeza de quem confiar, ou em que pensar, mas agora eu deixo tudo para traz, por que não será como no passado. Eu não preciso disso, eu tenho você, e não preciso de mais um rosto falso no meio da multidão. Eu estou acostumada a viver sozinha, então não preciso de mais um segundo para ver a verdade, mas eu quero estar com você, entende a diferença?
Eu agradeço, por existir, por me compreender, e por deixar que eu me conforte no seu silencio, ao em vez de buscar palavras para tentar consertar a situação, obrigada por me fazer ver as coisas claramente. Agora, eu jogo minha vida nas suas mãos. Obrigada por existir. Obrigada por me deixar livre.Eu espero poder ser seu mapa para casa. Como aquelas estrelas que você desenhou no final daquela carta. Meu cruzeiro do sul.

Para Paulo, meu pãozinho quente  <3

Não importa.

Confortável como eu sou, eu preciso da sua tranqüilidade, e confortável como você é, você conta os dias. Mas se eu quisesse silêncio eu lhe diria, e se eu quisesse solidão, eu escolheria ir, e se eu gostasse de rejeição, eu iria a uma audição, e se eu não te amasse... você saberia.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Céu.

Sem dizer nada, eu estou olhando fixamente para aquela boca se mexendo.
Isso poderia ser doloroso, se não fosse tão cruel.
Não importa o tipo de escuridão em que você está perdido, eu coloriria seu coração, se você não o escondesse, eu o faria.
Imaginando, a paisagem que passa diante dos teus olhos, é feliz ou triste? É tão nostálgico quanto meus sonhos? Vermelho ou azul?
Eu quero chorar, então eu simplesmente choro, choro enquanto eu olho isto se espatifar no chão, tão frágil quanto uma folha seca no inverno, jogando fora toda esta fantasia.
Unindo estas sombras, eu estou sorrindo, cativante para outras pessoas.
Minha inocência foi para o lado errado desta vez.
De qualquer forma, eu estou parando todas estas coisas que não valem um centavo. Toda vez que eu olho todo este orgulho e toda esta dor, isso mantém para fora todo o sentimento de dentro dos gestos.
Estas palavras sujas, feitas para machucar, eu sei que alguém quis proferi-las, e isso magoa. Não por amor, mas por admiração.
Este lugar está uma bagunça, mas eu estou começando a encontrar tudo que tinha perdido uma vez. E estou dizendo, por favor.
Não posso ver estas cenas, de todas estas amargas tragédias, de todas estas lágrimas derramadas, de tudo que eu não quero sentir mais. Pois eu já estou morta, rasgando sem a navalha, cortando sem faca com uma língua afiada.
É triste saber quando ama alguém, que nada pode ser feito, nada pode ser mudado, por que por mais que fosse, ninguém pode voltar atrás com as palavras, por que isso fere a merda do orgulho. E é tão patético para mim, admitir isso em voz alta, mas é verdade.
Diante de um sentimento tão impuro, pode existir algo mais belo que isso? Rodando entre as arvores, no meio-fio, me mostrando as estrelas.
Agora não há mais nada o que dizer, cortando o céu com um brilho intenso, não importa que tipo de noite ou manhã isso possa ser.

Por favor.

É a única coisa que eu tenho.
É a minha única forma de falar.
Eu ainda cambaleio um pouco, antes de chegar em casa.
Ainda me afasto de casa.
Será que é tão fácil entrar e sair da minha vida?

domingo, 4 de julho de 2010

Baretta

Triste brincadeira, navalha afiada. Eu amo muito esta porra toda.
Uma linha vermelha traçada entre meu corpo e o seu. Um psicopata a espreita.
É apenas um jogo melancólico. Para mim, pode começar a rodar.
Calafrios passando pelos órgãos genitais. Foda meus lábios, minhas veias estão abertas.
Só você sabe deste pequeno segredo.
Isto corroeu seu cérebro, mente negra e olhos abertos.
Tão cheio de loucura, criança da morte.
Eu juro que não vai esquecer. Eu estou com você no inferno. Siga esta porra.
E eu nunca quis dizer aquilo, ok?
Eu me senti tão próxima a você naquela carta. Com aquelas estrelas desenhadas. Era uma mentira de muito mau gosto.
Vamos nos tornar uma estrela ofuscante. Vamos queimar os olhos de todos os amantes.
Tempestades de sangue, eu sei que você olhou.
É uma sensibilidade de um ritmo violento. Eu não amo a ninguém.
Este mundo é podre, mas saiba, que você também.
Cubra o amor com uma máscara, e eu juro, para a vida toda, eu estarei sempre junto a este desespero.
Você sabe, eu estou sempre certa.
Vamos começar aqui, nossos novos dias.
Não coloque tudo no depois, sua vida é agora. Seu futuro é incerto.
Que vergonha, se conheça, apodreça, se suicide da minha frente.
Dê um belo riso agora, é um jogo do qual você não consegue se livrar, uma cova separada para sua vida.
Enlouqueça um pouquinho. Eu amo toda essa dor. Eu sou doente.
Sua vez de rodar.