segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lá fora.

Eu não consigo fazer isso ir embora. Tento fazer com que meus pensamentos interruptos congelem no meio de seus olhos.
Todas as coisas que eu deveria ter dito a você.
Toque minhas mãos. Eu vou levar isso pelos dias, após os dias, após os dias.
A vida é curta e eu me sinto pequeno.
Não importa o quanto eu sinta, nada vai apagar esta tristeza acumulada. Quem rasgou meu coração com tanto ódio?
Me perdoem por todos os meus pecados. Todas as coisas que eu disse.
Eu nunca quis machucar você, eu só fiz o que eu achei que deveria ter feito.
Debaixo das minhas máscaras eu estarei bem, eu acho.
Colocando todos estes sonhos em cima das minhas mãos, se espatifando como gelo. Queimando nos nós dos meus dedos.
Contando os dias.
Mesmo que ninguém mais no mundo entenda, eu não diria em voz alta.
Queria rastejar para fora de toda esta dor, ser tão frágil.
Agora não posso ver minha silhueta no espelho. Dói.
Morrer é tão inebriante. Eu estou tão sozinho.
Será que eu sempre estive tão sozinho?
Quebrando, trêmulo no meio do meu quarto. Em cima do tapete, no ônibus, na janela, em todos os lugares.
Quando olhou para mim, com aquela inexpressividade nos olhos, como se estivesse morta.
Este mundo falso que nos engolfa, o final deste sonho. Na ponta da calçada.
Debaixo, onde você não pode ver, girando, com as mãos ao alto, sorrindo. Quando você estava feliz. Por que você nunca me disse?
Eu esperei que você me procurasse, mas você nunca veio, realmente.
Todas as coisas que você me disse.
Eu desejei que fossem verdades. Quebrar foi meu pior erro.
Você parecia se importar, talvez eu esteja errado afinal de contas.
Não importa o quanto doa, não deixarei que continue, até que meu corpo inflame, ninguém será capaz de apagá-lo.
Finalmente.

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