segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Jardim secreto.

Eu tenho lembranças, desenhadas no caderno que queimei. As barras congeladas, vermelhas, brancas, amarelas, todas tem a cor do céu em algum momento.
Esta terra em escombros, enquanto as crianças não vem.
Eu esperei alguma palavra, qualquer sinal vital, no silêncio entre nós dois. Eu corri por entre as árvores, aquele lugar abandonado. Todas as flores, por que alguém se daria o trabalho de colhê-las? Seriam todas minhas ilusões?
Seus pensamentos, são exatamente o que eu mais temia, eu me decepciono tão facilmente. Agora jamais seremos verdadeiros.
Alguém irá sorrir quando eu mostrar meu ramalhete de flores. Algum dia.
Todos os dentes de leão, nasceram para alguém os desprezar. Eu não irei pisar neles. Existe algo tão incrível nisso. Ninguém enxerga minhas trevas.
Durmam no solo abandonado, esperando pela primavera. Muitas flores ainda nascerão para serem abandonadas. Não vocês.
Frias e dançantes, gangorras onde eu me sentei. Assoprando meus desejos. Novamente sem quebrar.
Eu não compreendi, será que eu nunca notei isso? O relógio parou naquele dia.
O que resta no final, seria apenas frágil. Não tenho palavras melhores. Acredite em mim.
Não vamos chamar a esperança, ela jamais floresceria a tempo. Não diga nada do que não entende.
Fique quieto. Eu jogaria alto, eu sofreria por algo, se a dor fosse sentida mais rapidamente.
Cores desaparecem, o céu se apaga, radiante ofusca. O azul parece estar preso na tela que eu desenhei você.
Eu olho para o que não pode ver. Certamente acabou.




Me desculpe Paulo.

Um comentário: