quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apodreça.

Nosso valor coberto de injúrias. As palavras que machucam, cortam nossas línguas, congelam entre nossas bocas.
Não tem sentido esconder toda essa dor. Eu sinto, você sente. Eu não me arrependo de nada.
Estou próxima de encostar minhas mãos nestas cicatrizes.
Eu desejei encontrar todo meu mundo dentro de um sorriso. Mas não percebi que ele era apenas uma alucinação. Um sonho que transborda pelos meus pulsos.
Pode me escavar o quanto quiser. Pode lamber minha clavícula e enfiar a espada entre meus gemidos de dor.
Abraçando meu corpo, você nunca parou para escutar minhas palavras.
Minha voz está tão morta quanto tudo que eu deveria sentir. Oscilando entre o meio fio e seu corpo, eu dou a volta escondendo meus lábios.
Agora isso se repete.
Tocando como uma musica invertida, todas as mensagem que eu mandei, você cuspiu no meu retrato, e eu ateei fogo em todas as minhas cartas.
Demônios trancados dentro do meu armário. Milhares de moscas saem quando você abre a sua boca.
Manto negro de maldições, sobre esta testemunha eu juro que aqui está o fim. Meu apocalipse se debate entre algumas quadras de distancia. Eu nunca disse que o meu era incontável.
Eu posso dividir estas palavras em silabas, posso dividir você em quatro pedaços. Dois que eu amo, dois que eu odeio.
Ah, isso precisa ir.
Desapareça, rasgue, se enforque. Nos meus sonhos você estava morto.
Apodreça dentro do meu coração.

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