sábado, 8 de maio de 2010

Amor em pedaços.

Vou escrever milhões de poemas, para jogar ao vento. Por que estas folhas rasgadas são minhas falhas. E estas palavras, não queimam.
Todo o frio que eu tenho, eu roubei de você.
Me coloque amarrada em sua cama, com os outros corpos pútridos, estupre-me, mas pare quando eu disser as duas silabas.
Eu disse que seria preto e branco, e você abriu meus olhos, e arrancou todas as cores. Jogando pela janela. Eu deveria ter dito que sim, quando me perguntou.
Eu sei que você olha para minhas costas quando eu me afasto.
Seus sentimentos devem ter cambaleado, o suficiente para cair ao chão.
Nossas sombras entre as lápides, aqui jaz o nosso amor.
O som dos meus gritos é proibido nas suas memórias. Eu nunca falei sério.
Tempo parado, interrompido por nossas carcaças no banco. Eu vejo minha infância, você vê sua tristeza. Era tudo nosso.
É tão deprimente, e meus suspiros são tão longos.
Certamente, algum dia você irá entender por que eu preferia a madrugada.
Quando eu olho para você, eu vejo este abismo. Minha escuridão e a sua, elas nascem juntas.
Somos aqueles que tem o coração acostumado a ser perfurado.

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