quinta-feira, 3 de junho de 2010

Primeira Vez.

As arvores eram sombras diante dos meus olhos, o gosto amargo do vento batia sobre meu rosto. Meus pés balançavam, o all star branco estava sujo. Minhas lágrimas escorriam pelas minhas vísceras. O amor destruído serpenteava sobre meus dedos. Uma arma de brinquedo na minha mão.
Sua blusa branca e sua bermuda preta. Eu enrolei meus dedos nos dele. Era tão frio.
Feliz aniversário.
Ele tomou minha mão.
Um beijo roubado entre as ruas movimentadas da cidade. Eu tremia tanto que acabei mordendo minha língua.
Agora sinto o gosto da morte, o tênue gosto de halls preto que estava na sua boca. Tão doce quanto as ultimas palavras ditas.
Morrer não dói. Os humanos machucam.

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