sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palavras.

Tão insignificante escondido entre meus olhos.
O desejo de tocar, do outro lado da noite infinita, onde minhas mãos não alcançam. Não há ninguém aqui.
Quando estava dormindo ao meu lado. Eu acariciei seus cabelos, e desejei que estivesse.
Rasgando entre duas mãos, eu encolho meus ombros. Você não me olha de volta.
Eu não tenho asas para voar, e não consigo mais lembrar do gosto das nuvens.
Agora estamos olhando para um só céu. Mas vemos coisas diferentes.
Me desculpe.
Se eu tivesse morrido, eu jamais teria me sentido tão triste.
Você não sente o suficiente para chorar por mim.
Esmague minhas palavras, com seus punhos, e uma gota de cobre, manchando minha boca.
Minhas mãos frias, como deve ser sua voz, cortando meus braços. Abra fogo entre minhas necessidades.
“É incontável”, toda a destruição que está aqui.
“Perfeita”, harmonia entre a lamina e sua língua.
Outra vez, olhe para isto.
As lágrimas correm pela minha face, queimam no seu pensamento. Sombrio e distante, não pude colocar minhas esperanças para fora.
Suas palavras cortaram minha garganta, atravessando meu coração que se rompe.
Eu sei que minhas lágrimas não significam nada para você.
Agora você sente que, deveríamos nos acostumar a estarmos sós.

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