quarta-feira, 9 de março de 2011

Estilhaços.

Fique calma, sufocada pelos seus pesadelos. Um suspiro seco, ao tirar a maquiagem. Leve e decadente.
Pessoas infelizes estão espalhadas pela sua cama. Um grito de socorro entre lençóis amarrados na garganta. Um dia negro neste conto de fadas.
Você deseja sentir alguma coisa que não seja tão gelada.  Apenas uma foto, com estes olhos tão tristes. Você sempre foi assim, não foi?
Seus cacos estão transbordando. Você sente no ar seco todas as promessas. Este sacrifício, sorriso calculado, não olhe para trás, nem uma vez.
Se rasgassem seu estomago, você teria motivos para chorar. Coloque estas mãos no assoalho sujo, tome todos aqueles comprimidos, chore todo este escuro que você costurou nas tuas veias.
Seu coração não bate. Sua alma não vive.  Você pode ver através da morte dês do dia que nasceu.
Línguas afiadas cortaram seus pulsos, mentiras escorreram pelo chão.
Você está perdida na própria destruição.
Lágrimas abram este sorriso mais uma vez.
Um borrão no tempo, perdido dentro destes espelhos. Você não encontra verdade em si mesma.

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