domingo, 27 de dezembro de 2009

Rosas

Nossas intenções estão se dissolvendo entre as paredes. O espaço entre a minha respiração e a sua é coberto pelo vômito das nossas promessas.

São palavras molhadas, elas surgem nas palmas de nossas mãos. Entre mim e você, todos os que deveríamos amar se despedaçam como rosas no inverno.Os sorrisos cobertos de veneno. Não é o que você faz, é o jeito que você faz. Não é o que diz, é o jeito que você diz.


Um e dois, é a assim que se queimam, as palavras derretidas congelam na garganta. Não há como fugir da nossa alma.
Para que se tornar tão frio se não pode sorrir?
O suicídio é a amostra da vida.
Ao esfriar nossos corações, nossas mãos se tornam frias. As flores se tornam fúteis.
As pessoas que eu perdi, não renascerão, até o botão de rosa virou uma prova para os espinhos.
Coloco os pontos nas linhas, os dias nas mãos. Vamos fazer este final.
Que nasça a rosa do pecado.

Um comentário:

  1. Lindo, chuvoso.
    O suicídio é uma doce saída para o nada.
    Abreviação da vida sobre a terra.
    Lembre:
    Não há vida além.

    Beijos.

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